No carro, noite escura, o Tejo todo pela frente debruçado sobre um fim-de-semana prolongado. Ele diz-te qualquer coisa que te deixa embaraçada. Toca-te nos seios, rodeando-te os mamilos com a ponta dos dedos. Nas coxas, em zona de ninguém. Nos joelhos, e tremem. Um nó na garganta. Não percebes ou fazes que não percebes. Ele não percebe que não percebeste. Pára tudo. Tu mostras-te mesmo muito embaraçada, cai ali um silêncio aterrador no volante e ele, finalmente, lá percebe que tu não percebeste nada. É como se uma gaja quisesse despedir-se do corpo. Ele abre a janela. Tu também. Vou atirar-me ao Tejo, tu. Vou atirar-me aoTejo, ele. Bora lá que está frio.
Os Canadianos pensaram nisto: Cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, constataram aquilo que alguns já sabiam: quando tens Spina Bifida, sejas ele ou ela, e estás com alguém, o conceito que fazes de ti próprio é diferente, talvez menos feliz, e isso influi na forma eventualmente menos agradável com que recebe elogios ou carícias ou formas de dizer gosto de ti da pessoa de quem gostas. Isso acontece, pensam eles, porque não compreendes, pelos menos de imediato, a razão pela qual o outro te disse aquilo, naquele momento e daquela maneira. Tu, de imediato, talvez não te vejas assim, valorizada.
Segundo este estudo (More than words: reframing compliments from romantic partners fosters security in low self-esteem individuals), aqui resumido, a forma de ultrapassar a questão poderá estar no teu parceiro, parceira ou parceir@s, quando te valorizam. Se ele te perguntar como vês o elogio, e se tu conseguires, no meio daquele embaraço de saltar ao rio, explicar o que sentes quando ele te disse aquilo ou te tocou, os dois serão capazes de evitar um banho de H2O poluída. Segundo este estudo, se conseguires explicar ao teu namorado o que ele te disse (como se fosse muito burro) e a forma como a coisa bateu, na maior parte dos casos, ele irá concordar contigo e a vossa relação sairá a ganhar, bem como a forma como te vês a ti e a tua própria auto-estima.
E a dele, claro.
Os Canadianos pensaram nisto: Cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, constataram aquilo que alguns já sabiam: quando tens Spina Bifida, sejas ele ou ela, e estás com alguém, o conceito que fazes de ti próprio é diferente, talvez menos feliz, e isso influi na forma eventualmente menos agradável com que recebe elogios ou carícias ou formas de dizer gosto de ti da pessoa de quem gostas. Isso acontece, pensam eles, porque não compreendes, pelos menos de imediato, a razão pela qual o outro te disse aquilo, naquele momento e daquela maneira. Tu, de imediato, talvez não te vejas assim, valorizada.
Segundo este estudo (More than words: reframing compliments from romantic partners fosters security in low self-esteem individuals), aqui resumido, a forma de ultrapassar a questão poderá estar no teu parceiro, parceira ou parceir@s, quando te valorizam. Se ele te perguntar como vês o elogio, e se tu conseguires, no meio daquele embaraço de saltar ao rio, explicar o que sentes quando ele te disse aquilo ou te tocou, os dois serão capazes de evitar um banho de H2O poluída. Segundo este estudo, se conseguires explicar ao teu namorado o que ele te disse (como se fosse muito burro) e a forma como a coisa bateu, na maior parte dos casos, ele irá concordar contigo e a vossa relação sairá a ganhar, bem como a forma como te vês a ti e a tua própria auto-estima.
E a dele, claro.
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