14 de dezembro de 2007


Modelização das políticas e das práticas de inclusão social das pessoas com deficiências em Portugal: Investigação portuguesa, com qualidade e de todo o mérito.

O Estudo, elaborado através de parceria entre o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG), no Norte de Portugal, e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), teve por objectivo o levantamento, em termos gerais, da quantidade e das condições sociais das pessoas com deficiência e/ou incapacidade em Portugal (com base na Classificação Internacional de Funcionalidade da Organização Mundial de Saúde).

Entre 15 mil inquéritos dirigidos a pessoas entre os 18 e os 70 anos, o trabalho, iniciado em Outubro de 2005 e agora terminado, revela, entre outros, os resultados, digamos assim, prováveis:

1) Existem, dados extrapolados, cerca de 820 mil portugueses com deficiência ou incapacidade

2) 21,1% destas pessoas não sabem ler nem escrever ou, se sabem, não andaram na escola

3) a taxa de desemprego de entre estas pessoas é 2,5 vezes superior à da população em geral

4) apenas 37,5% têm participação na vida activa

5) 49,3% das pessoas com deficiência vivem em agregados familiares com um rendimento médio mensal até €600 e 27,6% desta população tem rendimentos até ao salário mínimo nacional (€403).


O outro dado, incrivelmente mais interessante que os anteriores (embora, de certeza absoluta, intimamente ligado ao segundo aspecto focado acima), é este...

6) 92 a 96% dos inquiridos consideram nunca ou raramente ter sido discriminados e têm expectativas altas de integração

Sem comentários.

(O estudo foi coordenado pelos investigadores Jerónimo Sousa, Paulo Pedroso e José Luís Casanova. Mais informações, CRPG.)

Fonte: publico.pt e CRPG