16 de maio de 2008

Spina Bifida: Pergunta e Resposta(s)


A questão que Sofia Leal pôs ao blog é pertinente. Por entender poder ser útil a outras pessoas que possam ter dúvidas semelhantes, perguntei-lhe se não se importava que publicasse o seu pedido de informação e a resposta (limitada) que lhe dei. Acedeu gentilmente ao meu pedido. Muito obrigado: que possamos ser sempre úteis uns aos outros.
A quem quiser acrescentar algo à minha resposta, só há, igualmente, que agradecer.

. Sou mãe de uma adolescente de 16 anos, portadora de spina bifida exposta.Felizmente, a doença quase não deixou sequelas visíveis, agora que ela tem de pensar no rumo a tomar para a sua vida a nível de carreira escolar. Gostaria de saber que tipo de trabalhos ela poderá um dia exercer. Poderá ela ter direito a algum tipo de subsídio complementar devido à doença? Em caso de o poder obter como posso fazer para requerer? obrigada pela atenção...

. Cara Sofia Leal, Muito obrigado, antes de mais, pelo seu interesse neste espaço.
Vou tentar ser sintético: a sua filha, e se diz que não possui sequelas de maior da lesão a que está sujeita, poderá exercer a profissão que quiser - no fundo, penso que aquilo que pretende saber é se, na verdade, existe algum tipo de função que possa ser prejudicial à saúde da sua filha. Desse ponto de vista, e perdoe-me o exagero, dificilmente poderá, por exemplo, seguir a carreira militar. Mas a verdade é que, uma vez aparecida a doença, a única coisa a fazer é seguir uma série de cuidados básicos que qualquer pessoa com necessidades especiais tem de ter consciência que existem.
Devo dizer que eu próprio tenho Spina Bifida. Faço relações públicas e, nas horas vagas, mantenho este blog. E nunca pensei fazer isto, nem coisa que se pareça!A melhor forma de poder ser útil à sua filha neste campo é dizer-lhe claramente que pode fazer o que quiser a nível profissional desde que se aceite enquanto alguém que, de uma ou de outra forma, é capaz de fazer algumas coisas com ajuda. E pode crer que as pessoas entenderão isso.
A segunda questão que põe... já não é tão fácil de resolver. Dependendo sempre do grau de incapacidade que nos for atribuído, poucos apoios temos que poderão usar verdadeiramente esse nome: existe, de um ponto de vista geral, a possibilidade de requerer um subsídio - complemento por deficiência - junto da Segurança Social. Existe também a possibilidade de, em caso de a sua filha não auferir qualquer rendimento, a própria solicitar o subsídio mental vitalício.
Genericamente, são estes os ditos apoios. No entanto, e para evitar chatices, más respostas e tempos de espera infindáveis e inúteis na Segurança Social, contacte o Instituto Nacional de Reabilitação, preferencialmente pela Linha Directa Cidadão-Deficiência. Os contactos estão em
www.inr.pt

imagem: free-online-word-search-puzzles.com