13 de abril de 2007

Embora saibamos, hoje, que a ciência e a pesquisa médica se caracterizam basicamente pela sua capacidade evolutiva relativamente rápida, é surpreendente ver a quantidade de estudos em curso acerca da Spina Bifida e da necessidade de demonstrar a razão do seu aparecimento.
A edição de Abril do New England Journal of Medicine (um importante jornal de referência científica) publica um estudo levado a cabo por cientistas da Universidade McGill, estudo esse liderado por Philippe Gros que, em colaboração com outra equipa de cientistas do Instituto G. Gaslini, em Génova, Itália, revelou ter descoberto três mutações no gene VANGL1* em pessoas com doenças do tubo neural (DTN), mutações essas que constituem um factor de risco no aparecimento destas doenças. Como se sabe, a componente ambiental tem uma forte influência no surgimento de Spina Bifida; porém, combinada com este facto, aumenta consideravelmente o risco de aparecimento da mais frequente DTN – a Spina Bifida.

Isolar e clonar este gene não resolve a questão nem curará, seja o que isso possa ser, a Spina Bifida. No entanto, trará, julga Gros, um forte contributo na prevenção das DTN e, por consequência, desta doença.

*uma curiosidade: o nome VANGL1 deriva de Van Gogh Like (trad: ao jeito de Van Gogh)

imagem: de www.genome.jp, significa o segmento de DNA do gene VANGL1, que contém a mensagem completa para a síntese de uma proteína.