29 de maio de 2007

A qualidade das actividades lúdicas destinadas a pessoas com deficiência e, em especial, a pessoas com Spina Bifida e/ou Hidrocefalia parece conhecer um interesse crescente por parte de técnicos, dos afectados e das próprias famílias das crianças, jovens e adultos com esta doença. A eventual redução da mobilidade, da continência de esfíncteres, das capacidades sensoriais e as já reconhecidas dificuldades de memória de curto prazo, de concentração, de localização espacial e temporal e daquilo a que usualmente se chama raciocínio lógico podem ser componentes a ter em conta na estratégia ocupacional de pessoas que poderão, até certa altura, ter dificuldades específicas de integração e de aceitação social.

Assim sendo, a pergunta será, mais que nunca, à volta da melhor forma de desenvolver as capacidades destas pessoas de modo a torná-las melhores naquilo em que são realmente boas, bem como razoáveis naquilo em que poderão não ter tanto sucesso. O jogo, pelo lado normalmente competitivo, sistemático, relacional (se for, eventualmente, possível estabelecer uma relação com uma consola...) e, por vezes, interiormente representativo (no sentido da superação) que tem, pode ser uma forma, entre e em relação com outras formas, de estimular, de "picar", pondo um desafio a quem joga: acordar para o mundo e para os outros, adquirindo uma consciência social de si próprio, seja lá o que isso, um dia mais tarde, for ou possa vir a ser.

Uma das formas (e repita-se isto as vezes que forem necessárias...) de lidar com esta questão está aqui, num link do site de um centro norte-americano dedicado ao estudo do desenvolvimento humano e à pesquisa na área dos comportamentos - Waisman Center, num trabalho publicado pela congénere norte-americana da ASBIHP - a SBAA.

No mínimo, interessante e, se calhar, raro. Ou não, como prefiro dizer.