O corpo é a primeira história, o nosso primeiro texto. Eu vejo-te, tu vês-me,
pele, ossos, olhos, cabelo: como o fio de água que desagua lentamente no rio.
Repara nos milhares de representações de sexo, nação, dinheiro, pistas dirigidas
tanto ao que nos é familiar como àquilo que não nos é. Lemos e decidimos tudo
num piscar de olhos. Quando ossos e sangue nos mostram formas que nos não são
familiares, os juízos que fazemos instalam um muro primordial, rígido entre mim
e ti. Pinta a história da tua superfície e dos teus ossos explicitamente,
inevitavelmente, e pergunta a ti próprio o que temias antes e o que, agora,
pensas de ti
O seu trabalho pode ser conhecido, de uma forma rápida, no seu site.
imagem: Riva Lehrer, Pattern, 1995 (acrílico em painel)
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