27 de junho de 2007

Medula presa, medula ancorada ou síndrome da medula ancorada (ou tethered spinal cord syndrome, em Língua Inglesa) são alguns dos termos que podemos encontrar para definir uma situação clínica que ocorre, com alguma frequência, em crianças, jovens, ou até mesmo em adultos com Spina Bifida ou outros defeitos do tubo neural (DTN).

Em termos muitos gerais e sem precisão técnica absoluta (caso isso exista…), a medula ancorada acontece quando os tecidos que envolvem a medula óssea se cruzam de forma irregular com a coluna vertebral, ficando como que embaraçados e limitando os movimentos da pessoa sujeita a esta condição. Imagine-se um tubo de arame entrançado. Dentro desse tubo, um tubo mais pequeno constituído por fios eléctricos. Se o tubo interior implicar com o movimento do tubo exterior: Houston, we have a problem…

Os sintomas são, frequentemente, problemas sensoriais, problemas motores e incontinência fecal ou urinária (ou se, já existente, eventuais alterações).

Esta situação não é rara em pessoas, como se disse, em pessoas com Spina Bifida, embora aconteça mais frequentemente em crianças e adolescentes. É, no entanto, na maior parte das vezes, uma situação ultrapassável, embora, enquanto existe, seja verdadeiramente incómoda. Podem acontecer episódios de dor, de falta de sensibilidade, de espasmos, e de outros tipo de sintomas mais ou menos aborrecidos.

A medula ancorada acontece, na maior parte dos casos, porque se dá um desenvolvimento impróprio do tubo neural – daí estar normalmente relacionada com a Spina Bifida, embora possa acontecer noutro tipo de situações que impliquem, digamos assim, com este mecanismo do nosso corpo (paraplegia, por exemplo).

A medula ancorada deve ser tratada. Em idades menos avançadas, sobretudo nas crianças, a cirurgia pode ser o tratamento mais acertado para resolver esta questão. De forma muitíssimo simplificada, corta-se um ou outro nervo e alivia-se a pressão sobre a espinal-medula, permitindo aí a passagem, de forma correcta, do líquido cefaloraquidiano (LCR), ora não sujeito a pressões. Em adultos, falamos do mesmo, sendo que a cirurgia pode ter um tipo de implicações diferente, mais ou menos benéfica.

No entanto, nada melhor que uma visita ao médico (de preferência, neurologista) para poder explicar estas coisas e aconselhar acerca da melhor forma de tratamento. O importante é que fique com a ideia que a situação, normalmente, é ultrapassável.

Já sabe - siga as instruções do folheto: em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico, lido isto assim muito rapidamente… :-)

Fonte: wikipedia, SBAA. E a própria experiência nesta coisas.