27 de julho de 2007


Hidrocefalia e grávidas com válvula cirurgicamente implantada: poderá parecer algo raro, mas não é. Em Portugal, o número de casos está, tanto quanto sei, ainda por apurar. No entanto, Nancy Bradley, mãe, natural dos EUA, por ter passado por esta situação, interessou-se pelo tema e organizou por si própria uma base de dados relativa a casos de futuras mães com hidrocefalia e válvula cirurgicamente implantada.

Esta organização de dados foi elaborada com base na situação de 70 mulheres com idades compreendidas entre os 18 e os 41, bem como 173 gravidezes.

O estudo, aqui, é algo extenso, embora a sua extensão esteja de acordo com o seu interesse. Pode e deve, caso interesse, ser consultado. No entanto, realço alguns pontos relativos aos dados apurados, actualizados em Junho de 2006 e publicados, em parte, em janeiro deste ano no journal científico Neurological Research.

Em exemplo, abaixo, algumas das precauções que devem ser tomadas pelas mães com válvula (ou shunt):

. especial cuidado com acompanhamento médico específico (ponto de vista físico e neurológico)
. especial cuidado com a medicação a tomar
. precaução relativa a pressões abdominais anormais ou demasiado fortes
. especial atenção às datas relativas à fase final da gravidez, dado que quanto maior for o bebé maior pode ser a pressão intracraniana na altura do parto.


Uma nota: apenas uma das mulheres que colaboraram na organização da informação recolhida deu à luz uma criança com Spina Bifida e Hidrocefalia, embora onze tenham dado à luz bebés com deficiência ou malformação.

fonte: hydrowoman
imagem: logo da análise de dados (adaptado)