25 de julho de 2007

guerra: O post de hoje não tem imagem, porque não há imagens para este post. É um imperativo categórico, à laia de Kant - objectivo, claro, conciso e devidamente fundamentado, e parte de um cálculo aparentemente muito simples.

Não querendo cair em afirmações fáceis, a morte é uma coisa relativamente fácil: morre-se e pronto. É por isso que esta multiplicação pode, eventualmente, ser útil:

Na denominada guerra do Golfo, uma nação lançou cerca de 85 milhões de quilos de bombas de fragmentação sobre outra. Estas bombas, com uma margem de erro de cerca de 5%, lançam, na sua versão mais corriqueira, cerca de 202 outras bombas. Umas explodem. Outras, nem por isso.

Explodem depois, vá lá.

Uma bomba de fragmentação, na tal versão mais corriqueira, custa cerca de €10000 (dez mil euros).

Uma válvula (ou shunt), usada no tratamento cirúrgico da Hidrocefalia, custa €45. Evita a morte.

Contas por alto, uma bomba de fragmentação, condenado o seu uso pelas Nações Unidas e pelo Parlamento Europeu (Proposta de Resolução Comum RC-B6-0585/2006), valeria, digamos assim, 222 válvulas.


Curiosamente, um número parecido com a quantidade de bombas dentro da própria bomba.

Fonte: as observadas nos links