11 de julho de 2007








Palavras como “paralítico”, “aleijado”, “retardado”, “defeituoso”, “cegueta”, “invisual”, “pitosga”, “surdo-mudo” e “atrasadinho” são usualmente utilizadas de forma abusiva, seja nas conversas quotidianas, seja em anedotas. Este facto contribui para uma imagem social pejorativa e inadequada da deficiência. Tais palavras devem ser evitadas a todo custo, mesmo que não estejam presentes pessoas com deficiência.


No post de 11 de Junho, referi a utilidade da tradução para Língua Portuguesa de um guia de boas prácticas relativo a pessoas com deficiência publicado pela United Spinal, uma associação norte-americana que tem por objectivo a promoção dos direitos e dos deveres das pessoas com deficiência e a divulgação, de um modo geral, destas questões. No entanto, em Portugal parece já existir, felizmente, algo com a mesma intenção. O primeiro parágrafo do post de hoje é a transcrição de umas das frases de um documento - Interacção com a Pessoa com Deficiência: Manual de Etiqueta – publicado aqui, no Portal do Cidadão.

Este manual tem por fim, como referido no próprio, esclarecer ideias e (pre)conceitos sobre o relacionamento com pessoas com deficiência na vida em sociedade, mas particularmente clarificar questões que se colocam aos empregadores no quotidiano de trabalho.


Uma intenção clara e objectiva, mas, acima de tudo, um passo que, embora muito pequeno, pode ser muito importante na melhoria do trato entre cidadãos.

Apenas um reparo: estas coisas dependem sempre da acuidade visual de cada um, dos monitores e dos programas utilizados para o acesso à internet, mas, tanto quanto me é dado ver, as letras usadas no manual são extremamente reduzidas e o texto poderia ter uma estrutura de maior definição. Além disso, e mesmo que isso possa, à primeira vista, não parecer importante, não existem ilustrações: ora, um texto claro, usem-se as regras de acessibilidade que se usarem, pode também ser ilustrado e, eventualmente, mais apelativo.

Imagem: Portal do Cidadão