7 de agosto de 2007

Desde que os primeiros estudos, em 1984, acerca da ligação entre Spina Bifida e possível alergia ao látex foram realizados, muito se tem escrito acerca desta questão.

A correspondência entre estes dois factores é, normalmente, explicada pela exposição particularmente intensa que a maioria das pessoas com Spina Bifida tem com produtos que contenham esta substância, derivada do facto de terem sido sujeitas a vários actos médicos (algaliações, tratamentos de escaras, estudos da função urinária e vesical, cirurgias de correcção ortopédica, etc.)

No entanto, investigação recente (Outubro de 2006) parece indicar que, embora esta reacção de hipersensibilidade ao látex exista de facto, não pode apenas ser explicada pela exposição, normalmente mais frequente, a este tipo de borracha.

Na Áustria, cientistas do Colégio de Medicina das Universidades de Vienna e de Innsbruck chegaram à conclusão que, realizado um estudo acerca da hipersensibilidade ao látex em crianças com Spina Bifida e outras com outras doenças igualmente associadas a cuidados médicos com frequente exposição ao látex, as pessoas com Spina Bifida apresentavam um índice alérgico muito mais elevado que as crianças sem Spina Bifida mas com igual carácter de exposição à substância.

Assim, sugerem, em conclusão, que as pessoas com Spina Bifida parecem ter um risco superior de alergia ao látex que não pode ser apenas explicado pela exposição frequente à esta forma de borracha (natural ou sintética). Poderá, por isso, esta propensão alérgica estar relacionada com um factor da doença que ainda não conhecemos?

Fica a questão, levantada, embora ainda sem resposta.

fonte: blackwell synergy
imagem: flickr