Faço desporto adaptado (que é com quem diz desporto adaptado a pessoas com deficiência) desde 1987, embora conheça pessoas que o façam há muito mais tempo. Sei como é difícil (por vezes, penosa) a carreira de um atleta amador; desde subir quilómetros de montes e vales em cadeiras de hospital até comparecer a jogos de determinada modalidade cancelados por falta de comparência (normalmente, por razões financeiras) por parte dos colegas ou dos adversários, tudo é possível. Tudo foi, infelizmente, sendo aceite, politicamente aceite, em todas as acepções do que o termo politicamente possa plenamente querer dizer.
É difícil mas, por todas as razões do mundo, é gratificante. É, apesar de tudo, uma forma de inclusão.
Há quem trabalhe horas e horas e horas a fio, dias, meses, até anos inteiros para conseguir as marcas olímpicas e, na sua perspectiva, atingir o apogeu: participar nos jogos paralímpicos.
Este ano, sempre em passo acertado com os jogos olímpicos – no tempo e no modo -, irão realizar-se os jogos paralímpicos. Irão participar nestes jogos um número imenso de atletas (em 2004, em Atenas, foram 3086, de 136 países) que deram o seu melhor durante muito tempo e escorreram já muito litros de suor para atingirem as almejadas marcas de passagem.
Mas este jogos ficarão para sempre manchados, na memória dos mais atentos, pelo local em que se irão realizar: Pequim, na República Popular da China, onde os atropelos à dignidade humana e à liberdade das pessoas com e sem deficiência persistem e, em aproximação à realização destes eventos, os próprios atropelos à liberdade se atropelam, se acotovelam, persistem, abundam, crescem, numa tentativa (provavelmente, bem conseguida) de, por uns mediáticos dias, disfarçar o indisfarçável.
Não que Roma (onde tudo começou), Tóquio, Tel Aviv, Heidelberg, Toronto, Stoke Mandeville, Nova Iorque, Seul, Barcelona, Sydney ou Atenas sejam lugares celestiais. Não são. Mas Tóquio também não é.
A human Rights Watch, um entidade independente que luta pela preservação dos direitos humanos no mundo inteiro diz, na voz da sua representante para a Ásia, qualquer coisa como: “A repressão vai crescer até a abertura dos Jogos caso os governos estrangeiros, o Comité Olímpico Internacional (COI) e os comités olímpicos nacionais não advirtam a China de que estas violações põem em perigo o sucesso do evento em agosto”.
Há que lutar.
É difícil mas, por todas as razões do mundo, é gratificante. É, apesar de tudo, uma forma de inclusão.
Há quem trabalhe horas e horas e horas a fio, dias, meses, até anos inteiros para conseguir as marcas olímpicas e, na sua perspectiva, atingir o apogeu: participar nos jogos paralímpicos.
Este ano, sempre em passo acertado com os jogos olímpicos – no tempo e no modo -, irão realizar-se os jogos paralímpicos. Irão participar nestes jogos um número imenso de atletas (em 2004, em Atenas, foram 3086, de 136 países) que deram o seu melhor durante muito tempo e escorreram já muito litros de suor para atingirem as almejadas marcas de passagem.
Mas este jogos ficarão para sempre manchados, na memória dos mais atentos, pelo local em que se irão realizar: Pequim, na República Popular da China, onde os atropelos à dignidade humana e à liberdade das pessoas com e sem deficiência persistem e, em aproximação à realização destes eventos, os próprios atropelos à liberdade se atropelam, se acotovelam, persistem, abundam, crescem, numa tentativa (provavelmente, bem conseguida) de, por uns mediáticos dias, disfarçar o indisfarçável.
Não que Roma (onde tudo começou), Tóquio, Tel Aviv, Heidelberg, Toronto, Stoke Mandeville, Nova Iorque, Seul, Barcelona, Sydney ou Atenas sejam lugares celestiais. Não são. Mas Tóquio também não é.
A human Rights Watch, um entidade independente que luta pela preservação dos direitos humanos no mundo inteiro diz, na voz da sua representante para a Ásia, qualquer coisa como: “A repressão vai crescer até a abertura dos Jogos caso os governos estrangeiros, o Comité Olímpico Internacional (COI) e os comités olímpicos nacionais não advirtam a China de que estas violações põem em perigo o sucesso do evento em agosto”.
Há que lutar.
Aos atletas: há talvez que lutar para fazer um esforço ainda maior que o próprio esforço – um esforço de respeito pelo próximo que é o esforço de não fazer esforço nenhum.
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