8 de fevereiro de 2008


Magdalena Carmen Frida kahlo y Calderón dispensa apresentações. Mexicana de origem, gostava de afirmar que a sua arte era o reflexo da sua vida, numa época – primeira metade do séc. XX - em que o hábito complicado (ainda hoje inacabado) de rotular a expressão das coisas e das pessoas teimosamente persistia.

Entre o desamor, a poliomielite, o acidente que a prendeu a um espartilho metálico, a impossibilidade de gerar filhos e a expressão vincada da incerteza sobre a sua própria vida, algumas descrições biográficas da artista referem a possibilidade de ter tido Spina Bifida. De certa forma, muitíssimo remota, sei, eu próprio, que tinha...

Frida Tinha um diário. A última nota no caderno dizia, ora grito ora gemido ora doce
Espero que la salida sea gozosa y espero nunca más volver. – Frida
Vem-me à memória uma praia, alguns pedaços de madeira em brasa e a lembrança e-terna de Vergílio Ferreira quando, em “Pensar”, a minha segunda Bíblia, referia como é que há gente que, à hora do morte, tem estas frases estupidamente belas...

fonte/imagem: ticcia.com (que vivamente recomendo...)