Se a acessibilidade fosse um conceito lato, entendido por todos, devidamente explicado às pessoas e enquadrado nas sociedades, as pessoas com deficiência poderiam viver num melhor.
O que lhe ocorre quando se fala em acessibilidade? Qual é a primeira imagem? a vida essencial da palavra? Uma rampa.
acessilidade = rampa.
Mas a acessibilidade não é só uma rampa. É tudo aquilo que essa rampa não é, é a sua não existência, é a não existência de uma forma adequada de chegar às coisas, às pessoas, às ideias; numa palavra, ao mundo.
Poderia ser muito mais útil fazer-se um desses programas em que se põe toda a gente a falar sobre o que não interessa e pôr-se toda essa gente, mais ou menos válida do ponto de vista das ideias, a falar, por exemplo, sobre acessibilidade. A falar sobre como ainda existem pessoas com deficiência que, no meio da capital do império, ainda não saem à rua porque a colocação – e isto é só um exemplo – de um elevador na fachada de um prédio incomoda e prejudica a imagem do prédio, como se nos prédios interessasse quem os vê mais do quem lá nele habita. Pernoita. E, de certa forma, apodrece.
Talvez os programas que falam sobre aquilo que não interessa, passando a falar sobre aquilo que interessa, pudessem, durante algumas semanas, perder audiência, patrocinadores, interesse público, interesse comercial. Mas talvez, umas semanas depois, as coisas mudassem.
Porque as coisas precisam mesmo de mudar.
O que lhe ocorre quando se fala em acessibilidade? Qual é a primeira imagem? a vida essencial da palavra? Uma rampa.
acessilidade = rampa.
Mas a acessibilidade não é só uma rampa. É tudo aquilo que essa rampa não é, é a sua não existência, é a não existência de uma forma adequada de chegar às coisas, às pessoas, às ideias; numa palavra, ao mundo.
Poderia ser muito mais útil fazer-se um desses programas em que se põe toda a gente a falar sobre o que não interessa e pôr-se toda essa gente, mais ou menos válida do ponto de vista das ideias, a falar, por exemplo, sobre acessibilidade. A falar sobre como ainda existem pessoas com deficiência que, no meio da capital do império, ainda não saem à rua porque a colocação – e isto é só um exemplo – de um elevador na fachada de um prédio incomoda e prejudica a imagem do prédio, como se nos prédios interessasse quem os vê mais do quem lá nele habita. Pernoita. E, de certa forma, apodrece.
Talvez os programas que falam sobre aquilo que não interessa, passando a falar sobre aquilo que interessa, pudessem, durante algumas semanas, perder audiência, patrocinadores, interesse público, interesse comercial. Mas talvez, umas semanas depois, as coisas mudassem.
Porque as coisas precisam mesmo de mudar.
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