O que é o amor? É quando já experimentaste tudo o que associas ao mundo? Já amei algumas mulheres, sempre a pensar nelas, sempre à espera de passar algum tempo com elas, sempre a pensar nas pequenas coisas que elas iam fazendo e no que poderíamos partilhar. Não marco encontros. Vou-me distraindo com elas. Quando começo a passar o meu tempo com uma mulher, a preocupar-me com ela, alguma coisa lá deve acontecer e torno-me no melhor amigo dela. Acho que relacionar aqui o Dan com o sexo é uma coisa para lá desta galáxia. No entanto, o que sinto pelas mulheres não muda quando nos tornamos os melhores dos amigos… Não sei muito bem o que isso possa significar…
Faço uma data de merdas supostamente românticas, jantares românticos, falar até doer até ao final da noite, vamos ao chinês, despejo garrafas de vinho e pomo-nos a ver filmes de terror como se não houvesse amanhã. Mas isso nunca me leva a lado nenhum. Mas, ao mesmo tempo, é uma coisa boa, uma coisa boa naquele momento. Depois penso: isto é normal, isto foi muito? Pá, penso muito. Acho que aquilo tudo, para a maioria das pessoas, dava em sexo. Podia continuar e continuar e insistia nesta coisa do ser romântico. Gostava de prová-lo, mas tenho sempre medo de meter água e estragar a bela da amizade. O que é o amor senão uma palavra de quatro letras? Há tantos sentidos para a palavra, uma palavra tão usada de tantas e tantas maneiras, de maneira tão livre…
Dan Keplinger, artista plástico
(Dan Keplinger nasceu em Baltimore, nos Estados Unidos da América. Tem 35 anos. Um site, e mais outro. Fez o argumento e foi protagonista de um documentário intitulado “King Gimp”, a alcunha pela qual gosta de se tratado. O filme ganhou o Óscar para melhor documentário de curta-metragem em 1999.)
texto: hbo.com/kinggimp (tradução livre)
foto: abm-medien.de
|